quinta-feira, 9 de abril de 2015

Barco em forma de jardim criado para filtrar água do mar.

O Physalia é outro projeto criativo que busca melhorar o meio ambiente nas cidades. Criado pelo escritório de arquitetura Vicent Callebaut, essa espécie de embarcação ecológica é um jardim auto-suficiente capaz de navegar com emissão zero e, ainda, ajudar a purificar as águas do mar. A característica de filtro d´água se deve à sua estrutura de aço coberta por alumínio de dióxido de titânio, que reage com os raios ultravioletas, criando um efeito foto-catalisador, que purifica a água poluída por rejeitos químicos industriais e de embarcações. No teto, a Physalia possui painéis fotovoltaicos e, no casco, traz hidro-turbinas que geram energia com o fluxo fluvial. Com isso, a embarcação é capaz de produzir mais energia do que necessita para se locomover. Com nome e design inspirados em uma espécie marítima - a caravela-portuguesa “Physalia Physalis” -, a embarcação também tem fins turísticos, podendo navegar entre os principais rios da Europa, como o Danúbio, Reno e Volga.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Piscina flutuante para despoluir rio em Praga

Boas idéias em prol do meio ambiente sempre irão surgir e são bem vindas.

Durante anos, o Vltava, maior rio da República Checa, que atravessa a capital Praga, sofreu com a poluição. Hoje, são cada vez maiores os esforços para recuperá-lo. Os arquitetos Adrea Kubná e Ondrej Lipensky projetaram até uma piscina flutuante para despoluir as águas do rio.



Uma membrana têxtil que reveste toda a instalação circular removeria partículas de sujeira, bactérias e odores desagradáveis. Depois a água retornaria renovada para o rio. A piscina flutuante serviria como centro recreativo para os moradores da cidade. Capaz de receber até 900 pessoas, a atração contaria com vestiários, saunas, lanchonetes e até cabines individuais para locação.

Durante os meses de inverno, quando as temperaturas chegam fácil aos 15 graus negativos, a atração no Vltalva seria convertida em uma pista de patinação no gelo.

Acontece que faz quase meio século que o rio não congela mais, por causa do aumento nas temperaturas. Para restaurar a tradição, os designers sugerem cobrir a piscina com uma grande placa de madeira, permitindo que uma camada relativamente fina de água possa congelar por cima.





sábado, 4 de abril de 2015

Klima Hotel – Hotel sustentável na Itália

O arquiteto italiano Matteo Thun projetou um hotel sustentável que literalmente se integra a natureza.
O Klima Hotel se localiza na cidade de Bozen, Itália e foi construido  na encosta de uma montanha. O desenho inovador gera um efeito super interessante criando a impressão de que os hotel  faz parte do cenário natural.

Seguindo o modelo de construção sustentável os apartamentos foram construídos utilizando materiais sustentáveis e é abastecido com energia renovável. O arquiteto afirma que proposta do projeto é possibilitar ao hóspede uma profunda experiência de proximidade com a natureza.

O quarto conta com muito conforto, possuindo aquecimento, controle de ruídos e uma incrível vista das montanhas.


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sustentabilidade, preservação e lucro.


Lembrando que para um empreendimento ser considerado sustentável ele precisa ser economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo.

É possível para uma empresa, atuar em seu setor seguindo boas práticas de preservação e sustentabilidade ambiental e ainda ter lucro? Por mais paradoxal que possa parecer, sim. Ao longo do final do século passado, os estudiosos e cientistas começaram a perceber que o planeta mostrava sinais de que o ritmo de consumo dos recursos naturais que o ser humano via empregando era demasiado violento e provocaria enormes problemas futuros para toda humanidade.

Após essa constatação, uma legião de pesquisadores ao redor do planeta, começou a pesquisar formas de enfrentar o problema e proporcionar a continuidade de nosso estilo de vida sem afetar de forma tão drástica e definitiva o ambiente que nos sustenta. Assim, baseado nas descobertas e ensinamentos propostos por essa legião de pesquisadores, determinadas práticas empresariais e formas de se gerir uma empresa e minimizar o seu impacto no meio ambiente e nas comunidades humanas em que elas estão inseridas começaram a serem adotadas.

Por mais estranho que possa parecer, é totalmente possível para uma empresa poluidora, obter lucro e ainda sim minimizar seu potencial de devastação ambiental. As práticas visando estabelecer políticas comerciais de preservação e sustentabilidade acabaram se tornando um potente e significativo diferencial de mercado. Consumidores “antenados”, entidades voltadas para os problemas ecológicos e mesmo governos preocupados em manter uma reserva estável de sua flora e fauna nativa; bem como com visão suficiente para entender que a queima indiscriminada de seus recursos naturais poderá levar a uma dependência futura de outras nações e a gastos relevantes; fizeram com que um mercado totalmente novo fosse aberto e que se transformasse num nicho econômico altamente rentável e de grande apelo.

Assim, uma empresa que deseje se habilitar e figurar entre as que se beneficiam das vantagens econômicas proporcionadas por adotar práticas de preservação e de sustentabilidade ambiental, devem tentar ser capazes de atender todas as necessidades dos habitantes que se servem de seus produtos sem, contudo, por em risco as necessidades das gerações futuras que ainda se servirão de sua cadeia produtiva. Buscando a solidez econômica e a lucratividade de forma a não comprometer as condições financeiras, ambientais e sociais da comunidade a que servem, ou seja, respeitando o triângulo da sustentabilidade, e integrá-las a sua própria administração e obtenção de resultados. Usando matérias-primas com responsabilidade ambiental e aplicar esse conceito em toda sua linha de produção. Criando e produzindo produtos que não deixem rastros ou minimizem seus resíduos ambientais durante e após sua vida útil.


Assim, uma empresa que deseje se beneficiar pelo fato de seguir essas boas práticas de preservação e de sustentabilidade, devem recusar qualquer produto necessário para sua linha de produção que não seja certificado e que não seja proveniente de empresas que tenham a mesma política ambiental. Assim, cuidando e controlando suas emissões de CO² e de resíduos industriais; essas empresas contribuem decisivamente para uma melhor qualidade de vida de seus funcionários e das comunidades a elas ligadas. Sendo assim, nada mais justo do que lhes dar o devido valor e proporcionar a elas a oportunidade de realizarem seus lucros e garantirem que continuem perpetuando as boas práticas ambientais.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

O que é realmente um produto sustentável do ponto de vista ambiental?

Alguns produtos podem ser considerados sustentáveis por gerar menos perdas, por serem recicláveis ou mais duráveis, outros porque contêm menos substâncias prejudiciais ou tóxicas ou porque o processo de sua geração consome menos energia. Para decidir qual produto é preferível em termos ambientais, os cientistas acham necessário que sempre se faça uma comparação dos impactos ambientais dos produtos por meio da análise de seus ciclos de vida.
Na verdade, produto sustentável é aquele que apresenta o melhor desempenho ambiental ao longo de seu ciclo de vida, com função, qualidade e nível de satisfação igual ou melhor, se comparado com um produto-padrão.
Na prática, nem sempre é fácil adotar tais critérios ao se adquirir um produto, e uma das barreiras mais comuns para a verificação e confirmação de um produto sustentável é a falta de informação e de experiência do consumidor para fazer a comparação das características de um produto específico. Em alguns casos, o consumidor é sobrecarregado com informações dos fabricantes, que anunciam ser o seu produto “o melhor para o meio ambiente”. Mas como avaliar qual produto realmente é “amigo do meio ambiente”?
Há uma série de instrumentos práticos para ajudar a responder essas questões. Vamos usar a abordagem do programa Procura +, desenvolvida pelo Iclei, na descrição desses instrumentos.

Ciclo de vida: abordagem e análise

A maioria dos instrumentos existentes para fazer a opção por produtos mais sustentáveis sob o ponto de vista ambiental está baseada no conceito de ciclo de
vida, um conceito holístico para avaliar a ação ambiental de um produto. A ação do ciclo de vida leva em conta o impacto ambiental do produto em todos os seus estágios, desde o nascimento, ou berço (extração do material/matéria-prima), até o túmulo (disposição final), com o propósito de minimizar ao máximo o dano ambiental.
A avaliação do ciclo de vida (life-cycle assessment — LCA) é uma ferramenta desenvolvida para implementar essa ação. De acordo com a definição da Comissão Européia, LCA é “um método para avaliar os aspectos ambientais e impactos potenciais associados a um produto, compilando um inventário com recepções e emissões relevantes de um sistema definido, que avalia estes dados e interpreta os resultados”. Esse método possibilita a identificação dos impactos ambientais mais importantes de um produto, quantifica os benefícios ambientais que podem ser alcançados por meio de melhorias em seu desenho e compara sua compatibilidade ambiental com produtos ou processos concorrentes.
Há algumas questões relacionadas à credibilidade dos resultados da LCA.
Todas as LCAs envolvem algum tipo de juízo de valor, como ao se decidir qual entre dois impactos adversos é o mais significativo, uma demanda maior de energia ou mais uso de água, por exemplo. Por essa razão, a credibilidade das LCAs está sendo aprimorada por meio da aplicação de padrões internacionais, tais como uma metodologia padronizada de LCA, desenvolvida pela Sociedade de Toxicologia e Química Ambiental (Society for Environmental Toxicology and Chemistry — Setac) e registrada nas séries da ISO (International Standard Organization).
Tanto organizações privadas quanto os órgãos públicos usam a LCA como ferramenta de apoio para tomada de decisões. A LCA é aplicada, por exemplo, no desenvolvimento de políticas públicas de ecorrotulagem, aquisições governamentais, regulamentação de análises ambientais e políticas de guias tecnológicos. Está claro que conduzir uma LCA requer um investimento considerável de tempo e de recursos. Entretanto, o trabalho da LCA é a base científica para a maioria dos instrumentos apropriados à disposição dos consumidores, incluindo o critério Procura+ (desenvolvido pelo Iclei) e, como tal, é importante conhecer seu conceito.

Ecorrotulagem ou selos verdes

Ecorrotulagem é um sistema voluntário de obtenção de certificação de conformidade ambiental para produtos. O selo é outorgado a produtos e serviços que estão em conformidade com os critérios de ecorrotulagem (um conjunto de requisitos técnicos qualitativos e quantitativos), no que se refere à qualidade do material usado, ou ao processo de produção, por exemplo ecoetiquetas ou selos verdes permitem aos consumidores tomar decisões informadas sobre o efeito do produto ou serviço e a manifestar seu desejo por produtos mais sustentáveis sob o ponto de vista ambiental. Portanto, os selos verdes ajudam a direcionar demandas de mercado e a promover a preferência por produtos e serviços sustentáveis. Segundo a definição da ISO (International Standard Organization), o objetivo da ecorrotulagem é, “por meio da comunicação confiável e precisa sobre aspectos ambientais, encorajar a demanda e o fornecimento de produtos e serviços que causem menos estresse ao meio ambiente,
estimulando o mercado dirigido para a evolução ambiental”.

Há dezenas de fórmulas mundiais de ecorrotulagem voluntária, dirigidas por governos, entidades privadas e organizações não-governamentais. A maioria dessas iniciativas adota critérios multidimensionais baseados nas LCAs, mas alguns selos verdes estão focados em um dos impactos ambientais (por exemplo, o selo EnergyStar, um esquema de ecorrotulagem para a eficiência energética).
É evidente que a capacidade de julgar a credibilidade dos selos verdes também é muito importante. Em alguns casos, os próprios produtores podem anunciar-se como sustentáveis, talvez para alcançar uma injustificada vantagem sobre a concorrência. Porém, para fazer a distinção entre um método aceitável de  ecorrotulagem  e  declar  ações   equivocadas ,   a   International   Standards Organization formulou um conjunto de critérios para determinar um método legítimo de ecorrotulagem,  a  ISO 14024. Essa norma prevê os seguintes critérios: confiabilidade da informação (por exemplo, procedimentos adequados no local e condições de monitoramento); transparência dos procedimentos administrativos; e a existência de um processo formal de consulta aos atores relevantes. De acordo com a classificação da ISO, há três tipos de método de
ecorrotulagem. 

Selos tipo I :

A ISO define-os como “voluntários”. São baseados numa multiplicidade de critérios e
em programas profissionais que outorgam rótulos (ou selos) que abrangem produtos de uma determinada categoria, considerando o ciclo de vida. O critério é estabelecido por um corpo independente de profissionais e monitorado por um processo de certificação e auditoria. A transparência e credibilidade desses selos são asseguradas por certificação terceirizada. Os critérios para o produto são desenvolvidos e preservados.

Selos tipo II :

Informativos ambientais autodeclarados (ou autodeclarações). São declarações ambientais sobre produtos, feitas pelos próprios fabricantes, importadores ou distribuidores. Não são verificados por órgãos independentes e não usam critérios de referência geralmente aceitos ou predeterminados, portanto são discutíveis. São considerados os menos informativos dos três tipos de selos.

Selos tipo III:

Informação quantificada do produto (quantified product information — QPI). São
selos emitidos com base em verificação independente, com uso de índices preestabelecidos. A QPI lista um menu de impactos ambientais de um produto ao longo de seu ciclo de vida, de acordo com categorias de informações estabelecidas pelo setor industrial ou de entidades independentes. Ao invés de julgar produtos, as QPIs fornecem uma pontuação para cada produto, baseada no método LCA em vigor, deixando o julgamento final a critério do consumidor. Esta pontuação ambiental é compilada por uma agência de certificação terceirizada e baseia-se em um número de indicadores de performance (EPI), por exemplo, uso de energia, emissão de gases poluentes, de água etc. Isto  permite ao consumidor comparar as pontuações de diferentes produtos e comprar o de “melhor nota” (melhor pontuação).

Fique atento !!!


Fonte: Guia de compras públicas sustentáveis.