terça-feira, 26 de julho de 2011

Carta de desfiliação envida a direção do Partido Verde por Marina e demais...


Chegou a hora de acreditar que vale a pena, juntos, criarmos um grande movimento para que o Brasil vá além e coloque em prática tudo aquilo que a sociedade aprendeu nas últimas décadas, experimentando a convivência na diversidade, a invenção de novas maneiras de resolver problemas solidariamente, indo à luta à margem [das estruturas burocráticas] do Estado para defender direitos, agindo em rede, expandindo e agregando conhecimento sobre novas formas de fazer, produzir, gerar riquezas sem privilégios e sem destruição do incomparável patrimônio natural brasileiro.
Esse texto, que abre o documento “Juntos pelo Brasil que queremos – diretrizes para o programa de governo”, expressa a motivação do grupo de pessoas que assina esta carta ao ingressar no Partido Verde e que tinha na candidatura de Marina Silva à Presidência da República a oportunidade de ampliar essas ideias e dialogar com a sociedade.
Participamos, ao longo dos últimos 22 meses, da vida partidária com a expectativa de colaborarmos para colocar em prática os três compromissos que marcaram a entrada da Marina no partido: a candidatura própria à Presidência da República, a revisão programática e a reestruturação estatutária.
Apesar das dificuldades próprias de uma candidatura dessa envergadura, e algumas geradas por resistências internas a um projeto efetivamente autônomo, realizamos uma campanha ampla, que envolveu a militância do partido e a colaboração de inúmeras pessoas da sociedade que encontraram na candidatura um meio de expressão e de representação de desejos e esperança.
Depois de um resultado expressivo na eleição, entendíamos que era o momento de aproximarmos ainda mais o PV desse legado, incorporando na prática do partido propostas como uma nova forma de fazer política, o diálogo horizontal com a sociedade por meio de redes sociais – digitais ou não, a sustentabilidade como valor central para um projeto de desenvolvimento e muitas outras que receberam ampla adesão social.
Chegamos nesse momento em que reconhecemos que não é possível trilhar esse caminho dentro do PV. As resistências internas, que durante a campanha eram veladas e pontuais, expressaram-se claramente na sua totalidade. A direção do partido, em sua maioria, disse não à democratização de suas estruturas institucionais, ao diálogo com a sociedade e a um projeto autônomo de construção partidária.
Acreditamos que essas propostas não podem ficar enclausuradas em estruturas arcaicas de poder. Queremos resgatar as motivações originais desse projeto, agora participando da construção de uma nova política efetivamente democrática, ética, ecológica, participativa, inovadora e conectada com os desafios e oportunidades que o século 21 nos impõe.
Pelas razões acima expostas, comunicamos à direção nacional do PV nossa desfiliação, juntamente com Marina Silva. Aos milhares de militantes do partido, estaremos sempre juntos na construção de um Brasil justo e sustentável.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

13 de Julho dia internacional do Rock - Porque Rock também é Consciência

Porque Rock é atitude e consciência !!!
Mas porque o dia internacional do Rock comemora-se em 13 de Julho ?


Porque Foi no dia 13 de julho de 1985 que um cara chamado Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou aquele que foi sem dúvida o maior show de rock da Terra, o Live Aid - uma perfeita combinação de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial.


Além de contar com nomes de peso da música internacional, o Live Aid tinha um teor mais elevado, que era a tentativa nobre de conseguir fundos para que a miséria e a fome na África pudessem ser pelo menos minimizadas. Dois shows foram realizados, sendo um no lendário Wembley Stadium de Londres (Inglaterra) e outro no não menos lendário JFK Stadium na Filadélfia (EUA).

Os shows traziam um elenco de megastars, como Paul McCartney, The Who, Elton John, Boomtown Rats, Adam Ant, Ultravox, Elvis Costello, Black Sabbath, Run DMC, Sting, Brian Adams, U2, Dire Straits, David Bowie, The Pretenders, The Who, Santana, Madona, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan, Lionel Ritchie, Rolling Stones, Queen, The Cars, The Four Tops, Beach Boys, entre outros, alcançando uma audiência pela TV de cerca de 2 bilhões de telespectadores em todo o planeta, em cerca de 140 países. 



O Live Aid conseguiu em 16 horas de show acumular cerca de 100 milhões de dólares, totalmente destinados ao povo faminto e miserável da África. Isso é a cara do ROCK AND ROLL! Mostrando o quanto a arte pode ter um papel decisivo na mudança de consciência.


Rock and Roll é atitude !!!!!!


E pra comemorar, uma musica do Jack Johnson que nos lembra dessa mudança de consciência e atitude.








Tradução


Três é um número mágico
Sim ele é, é um número mágico
Porque duas vezes três é seis
Três vezes seis é dezoito
E a décima oitava letra do alfabeto é
"R"
Nós temos três R's
Nos vamos falar sobre eles hoje
Nos vamos aprender a

Reduzir,Re-utilizr Reciclar
Reduzir,Re-utilizar Reciclar
Reduzir,Re-utilizar Reciclar
Reduzir,Re-utilizar Reciclar

Se você vai ao mercado comprar suco
Você deve levar suas próprias bolsas
E você irá aprender a reduzir seu peso
Nós precisamos aprender a reduzir
E se seus irmãos ou irmãs
Comprarem roupas legais
Você deve experimentá-las
Antes de você comprar iguais
Re-utilizar
Nós precisamos aprender a re-utilizar
E se os primeiros dois R's nao funcionarem
E você precisar se desfazer de algum lixo
Não o faça
Recicle
Nós precisamos aprender a reciclar
REFRÃO
Porque três é um número mágico
Sim ele é, é um número mágico
três
três
três
três
seis,nove,doze,quinze
três
dezoito,vinte e um,vinte e quatro,vinte e sete
três
trinta,trinta e três,trinta e seis
três
trinta e três,trinta,vinte e sete
três
vinte e quatro,vinte um,dezoito
três
quinze,doze,nove,seis e
três
é um número mágico

terça-feira, 12 de julho de 2011

Show do Pearl Jam Confirmado em Novembro 2011

Agora é pra valer, confirmadíssimo o show do Pearl jam no Brasil em Novembro, os ingressos começam a ser vendidos no dia 1° de Agosto, seguem as datas:


04/11 (SP, Estádio do Morumbi), 
06/11 (RJ, Apoteose), 
09/11 (Curitiba, Estádio do Paraná Clube) e 
11/11 (Porto Alegre, Estádio Zequinha)


Os caras vêem em show solo e não dentro de nenhum festival, comemorando os 20 anos da banda e que ainda terá o documentário "Pearl Jam Twenty" que irá estrear em Setembro dirigido por Cameron Crowe.


E mais uma pra comemorar:












Force Of Nature

Understand she's a force of nature
Contraband hiding deep inside her soul
Exorcising her will to lose control
She let's go


A common man, he don't stand a chance, no
Wonderland pulling Alice in the hole
No way to save someone who won't take the rope
And just let's go


One man stands the edge of the ocean
A beacon on dry land
Eyes upon the horizon
In the dark before the dawn


Hurricane has the trade winds blowing
A gale force shaking windows in the storm
Shipwreck on the rock that he calls home
With one light on


Somewhere there's a siren singing
A song only he hears
All the strength that you might think
Would disappear... Resolving


One man stands alone, Awaiting
For her to come home
Eyes upon the horizon
In dark before the darkness meets the dawn.


Makes me ache... Makes me shake...
Is it so wrong to think that love can keep us safe?


Last I saw, he was out there waiting
A silhouette in the black light, full moon glow
In the sand there he stands upon the shore
Forevermore


Somewhere there's a siren singing
A song only he hears
All the strength that you might think
Would disappear, resolving


One man stands along, Awaiting
For her to come home
Eyes are closed... You cannot know
But his heart don't seem to roam.




Força da Natureza



Entenda Ela é uma força da natureza
Contrabando escondido profundamente dentro de sua alma
Exercendo a sua vontade de perder o controle
ela vai

Homem comum, ele não tem chance nenhuma,
Sem "País das Maravilhas" puxando Alice para o buraco.
Nenhum caminho para salvar alguém que costuma levar a corda.
e só vamos

Um homem em pé à beira do oceano
um farol em terra firme
olhos no horizonte
no escuro antes do amanhecer

O furacão tem ventos soprando
A força do vendaval treme as janelas na tempestade
naufrágio de um amor que ele chama de lar
uma luz acesa

Em algum lugar uma sereia canta
Uma canção que só ele ouve
todas as forças que você acha que
Poderia resolver desaparecem.

Um homem em pé sozinho, esperando
Para ela voltar para casa
Olhos no horizonte
No escuro antes da escuridão encontrar o amanhecer

Faz-me doer...Faz-me tremer
É tão errado pensar que o amor pode nos manter seguros?

Última vez que eu vi que ele estava lá fora esperando
Uma silhueta na luz negra da lua cheia
Na areia que ele está na praia
Nunca mais

Em algum lugar há uma sereia canta
Uma canção que só ele ouve
Todas as forças que você acha que
Poderia resolver desaparecem

Um homem em pé sozinho, esperando
Para ela voltar para casa
Olhos estão fechados ... Você não pode saber
Mas seu coração não parece não parar de vagar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Carta de desfiliação do PV de Maurício Brusadin

Pessoal,

Com a devida autorização eu coloco aqui no blog a carta de desfiliação do PV de Maurício Brusadin, muito interessante o que ele descreveu, o que anda acontecendo com a política no Brasil, que nós sabemos que muito isso vem acontecendo e que depende de nós lutarmos para mudar essas situações, com a "evolução" o PV também parece que está "declinando".

Novos Caminhos, Novos Horizontes



" Um poder que se serve ao invés de servir, é um poder que não serve" Mário Sérgio Cortella


Acabo de entregar minha desfiliação do Partido Verde após 18 anos de trabalho incessante, recheado de muitas alegrias, angústias e algumas tristezas. É uma decisão que jamais pensei um dia tomar. Nesse momento, não posso dizer que é esse o desfecho com o qual sonhava, mas quando minha alma perde o desejo de continuar, é inútil o corpo permanecer lutando.


Lembro-me, como se fosse hoje, da primeira atitude que tomei logo após pegar meu Título de eleitor: filiar-me ao PV. Daquele momento em diante acho que não teve um dia sequer de minha vida que não tenha pensado, falado ou discutido sobre a Política e o Partido, todas as minhas energias sempre estiveram voltadas para fazer de minha luta política uma trincheira do PV. Nele fiz meus melhores amigos, vivi minhas maiores alegrias, vivenciei minhas mais deliciosas vitórias e as mais tristes derrotas.


Muitos devem estar pensando que esta atitude se deve, em especial, às atitudes autoritárias tomadas pelo Presidente Nacional.É evidente que estas mesmas se tornaram uma variável importante para esta decisão, afinal onde não se tem liberdade para expressar o que se pensa, realmente as condições de convivência se tornam insuportáveis, mas somado a este fato, o que me força a tomar tal decisão está ligado à Crise de Intermediação por que passam os Partidos Políticos.


A crise no PV se insere no processo mais geral de declínio da importância dos partidos políticos os quais deixaram de ser mecanismos vivos, eficientes e legítimos de intermediação política. O pano de fundo deste debate é um processo de despolitização da política que acarreta uma crise de representação. Uma política despolitizada, que se galvanizou num conjunto de pequenos arranjos, negociatas e com os militantes dos partidos à margem desse processo, é um mecanismo que funciona a serviço da conquista e da preservação de posições de poder.


Esta "crise da democracia" é visível quando avaliamos o declínio das relações de identificação entre representantes e representados que acredito culminará na mudança para um novo modelo político. Deixaremos o velho modelo intermediado pelos Partidos, para a democracia das mídias sociais. Os partidos já perderam o monopólio da Intermediação, não é por acaso que todas as recentes marchas (Liberdade, mulheres, gente diferenciada) aconteceram sem que nenhum partido as mobilizasse, elas foram espontâneas. Se olharmos a fundo as praças da Espanha, da Grécia, do Egito e de todos os outros movimentos que nasceram recentemente, perceberemos que o que os diferencia é o fato de não aceitarem "atravessadores" de suas demandas, eles querem se comunicar direto, sem intermediários, e isso nos mostra que os partidos deixaram de ser instrumentos para a canalização das principais demandas da humanidade.


Isso acontece principalmente porque os partidos se transformaram em "escritórios eleitorais" . Um pequeno grupo de burocrata comanda todos os filiados, a mobilização partidária só existe durante os períodos eleitorais, de preferência somente no dia da eleição, como já foi dito. Temos partidos sem participantes, onde quem manda é o cacique, o dono da legenda, o comandante que decide o rumo coletivo baseado nos seus interesses pessoais. As bandeiras, a ideologia, o programa, nesse contexto, viraram instrumentos de "marketing", e o que se propõe para a sociedade não se exercita internamente, a isso chamamos de fraude.


Nesses últimos meses, juntos com Marina fizemos um esforço descomunal para acelerar as mudanças internas de que o PV tanto precisa, pois é inadmissível um Partido com a plataforma para o século XXI ter instrumentos internos do século passado. Acreditávamos que poderíamos ser a ferramenta nas mãos destas novas demandas, mas infelizmente interesses menores estão à frente destes desejos. Imaginar em plena revolução digital, quando os jovens opinam sobre tudo, que os filiados do PV não têm direito a voto, é um obscurantismo total e, para piorar o quadro, aqueles que colocam a cabeça para fora e manifestam sua opinião são expurgados. Vivemos internamente uma cultura do medo, muitos pensam e desejam essas mudanças, porém a caneta opressora silencia as vozes de muita gente que quer e sonha com um Partido mais democrático, protagonista que não fica refém de qualquer governo, que não é um satélite que gravita em torno dos grandes partidos para ter acesso aos fundos públicos. Sei que muitos continuarão lutando e respeito a estratégia adotada, pois precisamos ser compreensivos com aqueles que, criticamente, irão permanecer sonhando que o PV um dia deixe de ser uma legenda e passe a ser um Partido. Para todos estes desejo boa sorte e tenho a certeza de que no futuro estaremos juntos novamente.


Quanto aos novos caminhos, gostaria de convidar a todos que ainda acreditam em utopias para participarem deste novo movimento que emergirá deste processo. O debate permanece aberto: o código florestal, as cidades sustentáveis, o perverso sistema eleitoral, a desigualdade social, a falta de investimento em capital humano e todos os dilemas que, apesar do avanço dos últimos dezesseis anos, ainda afligem boa parte dos cidadãos brasileiros.


Nesta semana voltei a ler "Os donos do Poder", de Raymundo Faoro e, a cada página, percebia a sua atualidade, pois em nosso País uma minoria determina as peças orçamentárias, os percentuais de corrupção que tanto assolam as licitações e colocam em funcionamento as velhas máquinas partidárias que ainda funcionam a vapor e, conscientemente, trocaram os sonhos da militância pelo "doce" sabor do capital. Todos aqueles que desejam reaproximar a vida real desse Universo paralelo em que se tornou o mundo da política com o famoso toma lá da cá, tão desideologizado, participem, embarquem nessa grande nave movida à energia solar, plugada numa organização em rede, navegando nas ondas líquidas da era digital, onde o respeito, a diversidade, a pluralidade e a generosidade são valores inegociáveis. Novas perguntas exigem novas respostas, seguiremos com o olhar no horizonte e com o desejo voltado ao sentimento de que ainda precisamos democratizar a democracia.


Um forte abraço


Maurício Brusadin