segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PARADOXO NO SURF


Olá a todos, gostaria de apresentar esse texto, que fala que até o surf precisa rever os conceitos com relação a sustentabilidade, esse grande esporte que nos conecta com a natureza.
Mais é muito bom ver que tem pessoas que estão buscando as soluções...


PARADOXO NO SURF.





Atualmente, a maioria das pranchas produzidas no mundo é feita de blocos de poliuretano revestidos com fibra de vidro e resina poliéster, materiais comprovadamente tóxicos, poluentes e inflamáveis. De acordo com o site da Association Clean Shaper, cerca de 600 mil pranchas são produzidas por ano por este método. Até hoje, poucas experiências foram realizadas para tentar reverter este tóxico processo e encontrar formas de dar um fim ecológico aos resíduos gerados, incluindo pranchas velhas. Segundo especialistas, são desperdiçados até 50% da matéria-prima usada na confecção de uma prancha.


No Brasil, o resultado disso correspondente a cerca de 380 toneladas de substâncias tóxicas e inflamáveis depositadas por ano em "lixões" ou aterros simples, sem qualquer tratamento ambiental. Rígidas políticas de controle ambiental da Califórnia levaram ao fechamento, em dezembro de 2005, da gigante mundial Clark Foam, à época detentora de 90% do mercado norte-americano e cerca de 60% do mercado mundial de blocos de poliuretano.


Em busca de soluções


E no resto do mundo, algo está sendo feito para reverter esse quadro? Por enquanto, pode-se falar apenas em ações isoladas, mas já é um começo para uma mudança de consciência. O primeiro passo seria encontrar formas de minimizar os impactos gerados pelo processo tradicional de fabricação. "Apesar de os processos industriais terem evoluído muito nas últimas décadas, as fábricas de pranchas ainda operam praticamente da mesma maneira que há 40 anos", atesta o surfista Paulo Eduardo Grijó, coordenador do Projeto Marbras et Mundi (Movimento Associativo de Reciclagem Brasileira no Surf e no Mundo).


Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina, Grijó sistematizou uma metodologia para minimizar o consumo de água, energia elétrica e geração de resíduos no processo fabril das pranchas de surf, além de pesquisar e criar métodos para a recuperação dos resíduos gerados. "Outra prerrogativa deste estudo é maximizar recursos naturais não renováveis, transformando o lixo industrial não eliminável em matéria-prima de segunda geração econômica, com o objetivo de valorizar estes materiais, gerar renda, novos produtos e novas oportunidades de trabalho", explica o engenheiro ambiental.


Na França, a Association Clean Shaper há três anos vem empregando recursos, tempo e energia na busca de novas soluções. "O franco-brasileiro Alexandre de Sonis é um dos responsáveis e já trocamos bastantes figurinhas sobre o assunto", conta Grijó.

 Materiais alternativos


O segundo passo consiste em concentrar esforços na busca por materiais alternativos. Neste campo, uma forte tendência é a utilização cada vez maior do EPS (isopor) e da resina epóxi, menos tóxicos que o poliuretano e a resina poliéster e que podem ser reciclados. Há mais de 15 anos o shaper paulista Mario Ferminio se dedica ao aprimoramento dessa técnica. Em 2005 ele decidiu se mudar para Tubarão, em Santa Catarina, onde construiu uma nova fábrica e concebeu um método de produção ecologicamente correto. Hoje Ferminio afirma que consegue reciclar boa parte do lixo que gera.


"Minha fábrica possui estação de tratamento da água usada no polimento e um exaustor que capta e canaliza o pó gerado na lixa seca para um depósito. Além disso, para diminuir o consumo de madeira, passei a usar uma longarina de 3 mm no lugar de 6 mm. Tive que melhorar a qualidade do bloco e do tecido, mas compensa", afirma o shaper.


Recentemente, a multinacional alemã Bayer entrou no mercado com uma nova opção de matéria-prima para a produção de blocos de poliuretano, cuja fórmula substitui o tóxico TDI (Tolueno diisocianato) pelo MDI (Difenil Metano diisocianato), muito menos tóxico e menos agressivo à saúde que o primeiro, segundo os técnicos da Bayer. O novo bloco está em fase final de testes e será comercializado a partir de novembro pela Ocean King, com sede em São Paulo. "Nossa tecnologia é 100% nacional e não utiliza o gás CFC, prejudicial à camada de ozônio. Os resultados obtidos até agora são promissores", adianta Murilo Oliveira, proprietário da empresa.


Outros tipos de materiais também já foram experimentados na confecção de pranchas. A tradicional madeira (oca ou compensada), o softboard (bloco de poliestireno de alta densidade revestido com espuma de polietileno de célula fechada), a tecnologia desenvolvida pela Surftech, feita em molde com espuma expandida e resina epóxi, e até alguns tipos de materiais orgânicos como bambu, fibra de cannabis e um tipo de cipó encontrado na Amazônia. O shaper australiano Frank McWilliams, da Bamboo Surfboards, reveste blocos de EPS com uma espécie de lâmina de bambu e cobre com resina epóxi. Inclusive, o havaiano Sunny Garcia já venceu uma etapa do WCT em Bell's Beach usando uma das pranchas de Williams.


O renomado shaper Jim Banks decidiu experimentar a fibra de cannabis como alternativa. "Em 96, meu corpo já não suportava mais os efeitos de tanta química e fiquei desiludido com a toxicidade da indústria. Passei um tempo fora e quando voltei a Austrália, dediquei alguns anos ao desenvolvimento de uma tecnologia à base de fibra de cannabis. Infelizmente, acabaram os recursos para continuar a pesquisa", escreveu Banks em seu site. No entanto, um grupo britânico com foco ambiental, chamado Eden Project, produziu uma legítima "eco-board" apenas com materiais provenientes da natureza. Depois de shapeado, o bloco de madeira balsa é coberto com uma camada de fibra de cannabis que é laminada com um composto de resina derivado do óleo de uma planta.


Seguindo essa tendência, Grijó está iniciando uma pesquisa para tentar criar blocos a partir de fibras vegetais. "Nessa busca, encontrei uma que vem da Amazônia, de um cipó chamado Jagube, muito resistente e ao mesmo tempo flexível", explica. Para revestir, ele está pesquisando uma resina que é sintetizada a partir da casca de banana. "Os esforços são preliminares, mas a busca é incansável e na medida do possível vamos ceifando a lavoura da sustentabilidade. Aposto minhas fichas no poliuretano biodegradável utilizando óleos vegetais", diz Grijó.


Criatividade a serviço da ecologia


Às vezes, basta um pouco de criatividade para driblar as inconveniências da indústria. O artista plástico Darin Pappas, californiano que há alguns anos vive no Rio de Janeiro, decidiu dar um novo destino às pranchas velhas ou quebradas.
Com muito talento e inspiração, ele transforma esses verdadeiros "tocos" em belíssimas obras de arte, a que chama de "pranchas reencarnadas". As peças criadas por Pappas já rodaram o mundo em mostras e exposições.


"Uma prancha quebrada é apenas lixo, mas com memórias. Gosto de dar a elas novas identidades, sem esquecer que possuem histórias incríveis e já deram muitas alegrias aos seus antigos donos", comenta Pappas. Já os irmãos Igor e Jairo Lumertz, gaúchos que moram no Hawaii, fizeram um protótipo maluco com 85 garrafas pet, com quilhas feitas de CDs de música. Jairo inclusive usou a prancha na tradicional remada anual de Sunset até Waimea e fez sucesso entre o público.
Serviço


Marbras Et Mundi - paulosurfrecycle@yahoo.com.br
Association Clean Shaper - www.cleanshaper.com
Mario Ferminio - www.mfpranchaepoxi.com.br
Ocean King / Bayer - www.oceanking.com.br
Frank Williams / Bamboo - www.bamboosurfboards.com.au
Eden Project - www.edenproject.com/about/1364.html
Darin Pappas - www.ithaka.co.nr


Por Ricardo Macario - rmacario@edpeixes.com.br
(matéria publicada no Guia de Pranchas Fluir, outubro de 2007)


TRANSBORDANDO NA CHEIA LUMINOSA DO CORAÇÃO...

Um pouco de poesia e música.


TRANSBORDANDO NA CHEIA LUMINOSA DO CORAÇÃO...



Quando o olhar fica dourado,

É porque o coração está transbordando de amor.




A luz sobe do peito para os olhos,
Que se transformam em sol.




E a luz olha as coisas como ela mesma,
Porque a luz procura a luz...




Assim como o amor procura o amor...
E isso não se explica, só se sente...




A luz também dança, no olhar.
E nas pistas secretas do coração.




Ela escuta uma canção perene,
Que está em todas as coisas.


E que cria as estrelas e os orbes, no infinito da vida...
Essa é a luz que mora no coração.




Não dá para vê-la por dentro.
Mas dá para senti-la em espírito e verdade...


Está além das emoções e da análise da mente.
Está além da ilusão das formas e posses físicas.


O amor real não mata a vida nem escurece a visão.
Ele procura a luz, para aumentar o seu brilho.


E a luz procura o amor, para clarear sua jornada.
E tudo acontece... Iluminando, iluminando, iluminando...




Isso não tem tempo, só acontece, como deve ser...
Quem ama, sabe.






Pois, se o amor procura o amor,
É porque a luz também procura a luz.


E, quando eles se encontram, tudo vira sol!
E aqui eu me calo, pois que palavras poderiam fazer jus a algo assim?




Não, não dá para dizer mais.


Isso só se sente...






P.S.: “Há uma luz que brilha mais


Do que bilhões de sóis juntos.


É a essência da alma.


Essa é a luz que mora no coração.”






(Dedicado aos mentores extrafísicos, de todas as linhas espirituais voltadas para o bem da humanidade; por sua paciência, amor e dedicação secreta e serena.)






Com Gratidão e Respeito.


Serviço e Alegria.


Paz e Luz.






- Wagner Borges – transbordando... E olhando a vida, como a luz olha...



Uma música minha pra embalar essa poesia.






FLEXIBILIDADE - A ARTE DE VIVER

Um belo texto, deixe a paz te dominar.


FLEXIBILIDADE - A ARTE DE VIVER


(Aprendendo a Esfriar a Fervura das Emoções)


Na vida, as coisas são como têm de ser. Nem sempre acontece o que se quer.






Tudo é possível, dentro da relatividade das possibilidades e das percepções. O que comove um, pode irritar outro.






As coisas da vida são como o rabo de um jumento: balançam para lá e para cá...






Quem é radical na postura – filosófica, religiosa, humana ou espiritual –, dança feio nas pistas da relatividade.






Na natureza, nada é fixo; tudo vibra, tudo muda. A única coisa imutável é a lei cósmica de que tudo muda.






A flexibilidade é a grande firmeza, como ensinavam os antigos sábios taoístas. Por isso, o bambu novinho não quebra contra o vento: ele é flexível. Já o bambu velho é ressecado e duro; contra o vento, quebra facilmente.






Os antigos iniciados celtas também ensinavam algo parecido e usavam, como exemplo didático, o instinto da tarântula, quando tecia sua teia. Essa aranha – uma das mais venenosas dentre os aracnídeos –, prende as pontas de sua teia em pequenas plantas ou em ramos flexíveis. Dessa forma, quando o vento sopra contra, sua teia não se rompe, pois sua base não é rígida. A teia até balança muito, em conseqüência do movimento dos ramos onde está baseada, mas não quebra. Na flexibilidade de suas bases, está a firmeza!






Logo, quem é rígido nas coisas da vida corre o risco de quebrar feio. Como diz o ditado popular: “Nunca diga nunca!”






Não leve as coisas para o lado pessoal, nem dramatize o que acontece. Certos eventos rolam por causa da relatividade das possibilidades. Tudo é possível. Por isso, abra a mente.






Agora, faz calor; mais tarde, ventará; e depois, virá a chuva. Isso não tem nada a ver com você, é só o jeito da natureza e seus ciclos vitais. Com você presente ou não, o mundo continuará girando sem parar... Quer você ria ou chore, a natureza é do jeito dela! Então, de que adianta se agitar e reclamar porque o tempo não está como você quer?






E, dentro de você mesmo, não é assim também?






Tem hora em que você está bem quente, irritadão. Em outros momentos, frio, desinteressado. E, às vezes, chove torrencialmente em seus olhos – choro. Preste atenção: a natureza não tem nada contra você. Se toque: você não é vítima de coisa alguma.






Quando o vento vier, seja como o bambu novinho: balance, mas não caia! Quebrar, para quê?






E, quando tecer os pensamentos e intenções em sua mente, que suas bases sejam flexíveis.






Agora faz calor; mais tarde, ventará; e depois virá a chuva. Da mesma forma, agora é primavera; em breve virá o calor do verão; depois, o outono refrescará a atmosfera; e, finalmente, o frio chegará com o inverno. E tudo o que nasce, vive e cresce, fenecerá no fim do ciclo... E viverá além, em outros ciclos astrais, sempre seguindo...






A natureza é o que ela é! Quer você ria ou chore, tudo passa...






E, da próxima vez que o vento da vida vier de frente com você, qual será sua reação? Bambu velho e rígido? Ou bambu novinho e flexível? Tecedeira com bases fixas? Ou a sabedoria da tarântula nas bases flexíveis?






Se ligue: nada de tempestade em copo d’água! Dê um tempo na agitação e na sua irritabilidade. Esfrie essa fervura!






Se ligue: pode ser que haja ventania vindo por aí... ou não! Quem sabe?






Parodiando os espíritos da Companhia do Amor (1), digo a você: o mantra (2) de hoje é “OM Bambuzinho OM!”














- Wagner Borges -






São Paulo, 11 de janeiro de 2007.


domingo, 24 de janeiro de 2010

Liberdade de Ser

Pra mim, espiritualidade tem a ver com liberdade também.

Liberdade de ser



A liberdade de cada indivíduo ser o que é, de se expressar conforme os seus padrões internos, conforme a sua mente acha correto, esteve a algumas décadas atrás muito reprimida, em alguns países reprimia-se essa liberdade até de forma agressiva como na antiga União soviética, nos países socialistas e até mesmo no Brasil na época da ditadura. Esses sistemas tiveram o seu fim, não duraram muito, mais a sociedade continuou reprimindo a liberdade de ser de cada indivíduo não de forma agressiva, mais de uma forma sutil, criticando e ridicularizando quem não se encaixava nesses ditos “padrões normais”, porém devido ao advento da globalização, o surgimento de novas tecnologias que permitem o homem se comunicar e se expressar mais facilmente a humanidade vem mudando um pouco o ponto de vista sobre essa questão, a facilidade de se comunicar com pessoas do mundo inteiro trouxe uma consciência de que o ser humano deve respeitar o próximo da maneira que ele é, porque muitas são as nacionalidades, as crenças, as maneiras de ver o mundo, quando você se depara com a diversidade da humanidade você amplia sua consciência gerando uma forma diferente de ver o mundo, aonde você passa a enxergar muitas maneiras de se ver a mesma coisa com relação a religião, medicina, convivência, leis etc…






A humanidade está cada vez mais enxergando o valor que cada indivíduo tem, a contribuição que cada um dá a sociedade expressando a sua individualidade, porém que a contribuição seja sempre de uma forma positiva para que possamos cada vez mais chegar no verdadeiro significaddo da palava humanidade, huma-unidade.






















Clayton Agni.